A interferência do fumo no processo cicatricial

Além de todos os males já conhecidos do cigarro, como infarto e câncer, você sabia que fumar afeta e interfere profundamente na oxigenação do corpo pelo sangue, na distribuição dos nutrientes para a manutenção e regeneração da pele e dos tecidos , dificulta a cicatrização da pele? Manter esse hábito pode influenciar na epitelização, causar infecção, manchas, queloides, tromboembolismo e rompimento de suturas (pontos).

   Pessoas que fumam até um maço de cigarro por dia têm três vezes mais chances de apresentar necrose da pele. Durante uma cirurgia que envolve o descolamento do tecido cutâneo, há uma natural diminuição da vascularização, aumentando o risco de gangrena porque as substâncias tóxicas do cigarro provocam essa vasoconstrição. Ou seja, a associação desses dois fatores (cigarro e cirurgia) potencializa os efeitos negativos sobre a pele.

   Um estudo da Universidade da Filadélfia constatou que fumantes levam mais tempo para se recuperar de fraturas e têm mais chances de complicações em pós-operatório de traumas. Os resultados mostram que, entre todos os tipos de lesões, ossos fraturados de fumantes levam seis semanas a mais para se recuperarem, em comparação com os não fumantes - 30,2 semanas, contra 24,1. Outro resultado indica que fraturas de quem fuma tem 12.3 mais chances de não calcificarem direito e ficarem sem cura.

  Caso seja submetido a algum procedimento cirúrgico avise ao seu médico suas condições de saúde. Jamais omita ao seu médico que você é fumante ou que tenha fumando recentemente, além de arriscar o resultado estético da cicatriz, pode comprometer a recuperação da lesão.